A natureza é, a todo o momento, traída pela preponderância da autoconsciência e do aparato tecnológico. Seremos mais biologia ou tecnologia? Estaremos presos à condição humana ou escravos daquilo em que a transformámos? Monstros mecânicos entre a Natureza, com grandes olhos cegos, onde o mural do FaceBook é o epitáfio pós-moderno. Será a tecnologia o nosso sarcófago? Estaremos nós a construir a eternidade à medida que nos transformamos em Likes no Facebook?
“E todos morrem sem morrer de facto, desligam- se. Até o corpo, todo ele, se desintegrar. Partículas de pó e pixeis no ar. (...) E se tudo parar? Quem vai carregar nos botões? As camas ficam por fazer... Sobrevivem alguns posts pré programados no mural... com vídeos de cãezinhos a dançar, e gatinhos dentro de caixas, e miúdas badochas a dançar o créu a escorrer suor...”