VÄLUTE é um lugar imaginário, um território fronteiro, invisível. Nele tudo é possível. O sonho confunde-se com a realidade. O homem é mulher, que é homem novamente, que é bicho, que não é coisa nenhuma. As sombras mexem-se sem dono, sem luz. A memória surge difusa em breves fragmentos de lucidez, para logo se dissipar. Um regresso ao Éden. Talvez seja este o lugar da morte. Talvez seja VÄLUTE.


O regresso a este texto (Luto, 2012), primeiro surge da vontade de o reescrever cenicamente encontrando um universo mais maduro e criativo. Associamos o luto à morte. Prefiro associá-lo a estratégias de sobrevivência, mesmo que se percam em memórias, sonhos e pensamentos circulares, ou em clichés teatrais. Inevitavelmente olho para Hamlet e para os seus fantasmas, mas afasto-me porque posso, porque o meu compromisso não é com ele, para já. Prefiro brincar com as palavras e encontrar o feminino do seu luto: Luta! Porque é fértil, tem ganas, tem vida! Quem sou eu amanhã? Tantas possibilidades… Como continuar isto, depois disto? (seja isto aquilo que for…).

Rui Neto

Texto, Criação e Espaço Cénico Rui Neto Interpretação Margarida Cardeal Participação Cristina Milho | Drica Gomes |Martyn Gama | Roger Madureira Figurinos Rui Neto Confecção de Figurinos Mestra Alda Cabrita Estrutura Cénica Rui Miragaia Sonoplastia Cristóvão Campos Luz  João Rafael Silva Ilustração LUD Martins Assessoria de Imprensa Mafalda Simões Produção LoboMau Produções 

Apoios | Polo Cultural das Gaivotas | Espaço do Tempo | Vozes em Concerto | Tenda 

Apresentação | Comuna - Teatro de Pesquisa | Teatro Garcia de Resende - Évora | Teatro Diogo Bernardes - Ponte de Lima | deVIR/CAPA - Faro

Apoio à Circulação | dgARTES

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